Hoje quem passeia Na pracinha para nos contar a sua história é a Karina, 36 anos, publicitária e mãe da Camila, de três anos. Vamos conhecê-la?
Como foi a descoberta da gravidez?
Sempre quis ser mãe, minha gravidez foi planejada e muito esperada por mim e pelo meu marido. Antes da gravidez da Camila, sofri um aborto espontâneo, estava ainda com oito semanas, mas já parecia muito mais tempo, foi sofrido demais, já amava aquele pequeno ser mais que a mim. Mas acredito que Deus sabe o que faz e certamente aquela ainda não era a hora.
Depois de quase um ano engravidamos novamente, foi difícil, pois ficamos muito ansiosos e isso acabou nos atrapalhando. Quando decidimos dar um tempo nas tentativas e fazer uma viagem, eis que começo a enjoar diariamente e a sentir um sono incontrolável, fiz o exame de sangue com a certeza que estava grávida e que momento gostoso e maravilhoso foi comprovar a minha certeza. Decidimos nos resguardar e deixar para botar a boca no trombone somente depois do 3º mês, confesso que só comecei a relaxar e a curtir verdadeiramente a gravidez após a 8ª semana...
Qual o momento mais marcante da gravidez?
Estar grávida e saber que dentro de nós tem uma vida se desenvolvendo é simplesmente magnífico, mas para mim, sem dúvidas o momento mais marcante é sentir o bebê se mexendo. É muito perfeita essa troca, lembro que me sentia muito tranquila cada vez que ela respondia aos meus estímulos.
E sobre o enxoval, o que foi muito útil?
É muito gostoso escolher cada peça do enxoval, consegui, mesmo sendo muito difícil, ser bastante controlada nessa hora. Sabia que seria inútil sair comprando descontroladamente, pois tinha certeza que ganharíamos muita coisa e que um bebê perde rapidamente roupinhas e sapatinhos. Um item que para mim foi inútil e na verdade nem usei foi o termômetro para colocar na banheira, ninguém melhor que nós, mães, para saber a temperatura ideal para o seu bebê. Procurei sempre seguir o meu instinto materno e na grande maioria funcionou e tem funcionado. Indispensável no enxoval do bebê são os paninhos de boca, não vivia sem e tenho vários, até hoje deixo sempre um na bolsa, caso preciso secar a mãozinha dela, ou até para limpar o narizinho em caso de um resfriado.
Como você se preparou para ser mãe?
Como você se preparou para ser mãe?
Meu maior sonho era ser mãe, me sinto realizada! Vim me preparando desde que me casei, sempre li muito a respeito desse assunto que tanto me fascina. Quando ela nasceu procurei seguir meus instintos e até hoje tem funcionado muito bem. Vim direto para minha casa e não quis ninguém aqui comigo, minha mãe vinha todas as manhãs da primeira semana para dar o banho, pois fiquei um pouco insegura no início. Depois disso comecei a me virar sozinha, mas sempre que precisei, pude contar com meus pais e sogros, eles são a base de tudo.
Você decidiu trabalhar em casa, no esquema "momoffice", por que tomou essa decisão?
Um ano antes da Camila nascer, resolvi montar meu escritório em casa, a experiência deu super certo e me deixou muito satisfeita. Com isso pude me dedicar em tempo integral à maternidade. Consegui estabelecer uma rotina diária, conciliando casa, marido, trabalho e filha. Foi ótimo e muito gratificante poder acompanhar o desenvolvimento diário da minha pequena, não perdi nenhuma fase, nenhum sorriso e nenhum choro, agradeço a Deus todos os dias por essa oportunidade.
Como você concilia trabalho e maternidade?Após dois anos e meio cuidando em tempo integral da Camila, achei que era hora de colocá-la meio horário na escolinha, percebi que isso faria muito bem para ela e para mim. Agora tenho quatro horas diárias para me dedicar exclusivamente ao meu trabalho, para depois disso ter meu tempo só para ela. Brincamos, passeamos, vemos TV, enfim, é muito bom estar com ela.
A maternidade nos permite uma eterna reinvenção, um período de reflexão. Há algo que você faria diferente, uma decisão tomada, uma experiência em que teria agido de forma diferente?
Considero a gravidez algo extraordinário, uma perfeição da natureza. Agradeço todos os dias por essa dádiva de ter me tornado mãe da Camila, ela é muito especial e me faz ter a certeza de que estamos no caminho certo. É claro que nem tudo é simples e fácil o tempo todo, mas são as dificuldades que nos fazem crescer e querer sempre melhorar. Não faria nada diferente se fosse para reviver minha gestação e meus dias com ela até aqui. Pretendo engravidar novamente e acho que cada filho é único, assim como as gestações, acredito que em uma nova gestação vou viver novas experiências, novos medos e novas inseguranças, mais uma vez será um novo e eterno aprendizado e é justamente tudo isso que torna esse momento tão mágico e perfeito.
Qual a sua dica de passeio com as crianças?
Sou fã de passeios ao ar livre, frequento muitas praças e parques, criança foi feita para ser livre, para correr, brincar, pular e ser feliz. Não tem coisa que me deixa mais feliz do que ver a Camila brincando livre, leve e solta, nada me deixa mais feliz do que vê-la sendo criança.
Para você, o que é ser mãe?
Existe uma frase, que traduz para mim perfeitamente o que é ser mãe: "Ser mãe é ter o coração batendo fora do peito!" E é exatamente isso, a Camila é tudo na minha vida, ela é a minha vida! Sinto por ela um amor puro, verdadeiro, único, incondicional, inexplicável. Ela é o meu coração, o meu tudo.
Ser mãe é uma dádiva...
