Qual pai ou mãe que nunca passou um aperto com o filho pequeno não querendo dividir um brinquedo com outra criança? Pois é, esta saia justa é muito frequente e muitas vezes os pais não sabem como sair dela.
É normal que as crianças até os quatro anos tenham uma dificuldade maior em emprestarem seus brinquedos, devolverem objetos que lhes foram emprestados, dividirem a atenção dos pais com outras crianças, fazer só o que elas querem e como querem enfim, tendem a ter atitudes egoístas com freqüência.
Mas o fato de ser normal não quer dizer que os cuidadores não precisam intervir. Muito pelo contrário, eles serão determinantes sobre o futuro desta criança. Se forem passivos e nunca tomarem atitudes que incentive a troca as crianças entenderão que o que elas estão fazendo é certo e que tudo tem que ser delas e para elas sempre. Por outro lado se a intervenção dos pais ocorrer de maneira agressiva elas provavelmente entenderão que nada é delas, se sentirão oprimidas e se tornarão pessoas solitárias. O que os pais devem fazer é incentivar a troca, mostrando que é algo bom e saudável.
Óbvio que intervir falando sobre a troca durante a “crise de egoísmo” é importante e necessário, mas o que realmente vai ensinar a criança sobre a importância de saber dividir e compartilhar é o exemplo do meio em que ela vive.
Ressalto que os extremos nunca são bons e por isso a criança também não deve ser estimulada para ser totalmente altruísta. E por isso o equilíbrio é sempre a melhor opção. E neste caso específico o que os adultos devem ensinar para as crianças é serem pessoas que sabem o que e quando dividir, mas também ensinar a não serem feitas de bobas e “lutarem” por aquilo que querem sem prejudicar ninguém.
E reforço que o exemplo que a família passar é que determinará como a criança será futuramente. E aí, você está agindo da forma que você quer que seu filho aja futuramente?
