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Nas últimas décadas, tem crescido o número de crianças com doenças alérgicas, respiratórias e imunológicas. Parte deste crescimento se deve à mudança dos hábitos de vida nas grandes cidades. Os quintais foram substituídos por playgraunds. O lazer do domingo já não é brincar na casa da vovó, com cachorro, galinha e pomar. Nem tão pouco, fazer um animado picnic no Parque Municipal. Hoje, crianças se divertem nos shoppings ou em casas de festa infantil, protegidas dos perigos externos, e no conforto do ar condicionado.
De um modo geral, os bebês, nos primeiros meses de vida, são excessivamente protegidos dos contatos externos. E, contraditoriamente, de um dia para o outro, este mesmo bebê é retirado do seu lar, para viver de quatro a oito horas junto com vários outros bebês, em creches, que nem sempre dispõe de ambientes espaçosos e arejados. Resultado: viroses, viroses e mais viroses, rinites, bronquites, e várias outras “ites”.
Hoje se sabe que crianças expostas desde cedo à diversos tipos de microrganismos, se tornam mais resistentes. Funciona como uma vacina natural. Quando crianças entram em contato com “sujeiras”, como terra, plantas, e animais, seu sistema imunológico é estimulado a produzir anticorpos para determinadas doenças.
Crianças precisam brincar ao ar livre! Inclusive nas épocas mais frias do ano, quando a tendência natural é ficarmos aglomerados em ambientes fechados (pessoas e milhares de vírus compartilhando do mesmo ar).
Brincar em parques e praças, ao ar livre, além de estimular o sistema imunológico, traz outros benefícios à saúde, como redução da obesidade e da depressão infantil. Além de estimular a produção de vitamina D, desenvolver a coordenação motora e a socialização.
Atenção, não vamos confundir deixar a criança se sujar, com falta de higiene. Tenham bom senso e pratiquem filhoterapia!