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Criando um filho mais seguro

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Quem nunca ouviu dizer que só depois que se vira mãe é que você começa a entender a sua própria mãe? Pois bem, junto com todo o entendimento sobre a necessidade de cobrar que se faça algo, a preocupação em repassar valores importantes para a criança, entre outras tarefas que a maternidade/paternidade traz, vem também muitas descobertas sobre si próprio.

Com frequência ouço pessoas dizendo “minha terapeuta vivia dizendo isso, mas só agora que meu filho/a nasceu, eu consegui entender o que ela dizia”. Ao criar uma criança têm-se a oportunidade de reviver situações que remetem a vários tipos de lembranças. E algumas dessas podem ajudar a esclarecer algum trauma, alguma mania e várias características, tanto as que agradam, como as que desagradam.

A criação de um filho é uma responsabilidade gigante, pois ele será fruto da sua criação. O que se
faz com uma criança hoje, vai marcá-la pelo resto da vida, seja positivamente ou não. "Ah, então eu não posso errar?" _ você se pergunta.

Primeiramente: O que é errar? Cada família tem seus valores e modos de criação. Portanto, é difícil dizer que algo é errado. Pois o que para você é inaceitável, para seu irmão, tio, vizinho ou um desconhecido, pode ser motivo de muito orgulho.

Deixando as particularidades de lado, não há criação perfeita, pois somos seres humanos, portanto, passíveis de erros. E por mais que se queira não errar, sempre haverá algo que poderia ser feito de outra maneira.

"Ah, então por mais que eu me esforce meu filho vai crescer cheio de traumas?"_ novamente você se pergunta. Sabemos que uma criança criada em um ambiente saudável, cercada de amor, limite, carinho, brincadeiras, alegria, sinceridade, harmonia, segurança e coerência, se tornará um adulto mais seguro, saudável, feliz e criativo. Mas mesmo tendo tudo isso em casa, algum trauma ela vai ter, mas com uma diferença. Será um trauma com consequências menores e que não paralisam a sua vida.
Para os pais que se interessam pela criação de seus filhos, como todos que passeiam nesta praça, vale lembrar que: sim, você errará, mas sempre com a certeza, ou ao menos, na tentativa de
acertar. E por isso seus erros não serão tão prejudiciais aos seus filhos. Eles próprios criarão mecanismos de defesa e saberão lidar com aquilo que não foi tão bom na sua criação.
O que não pode acontecer é perceber que está errando e permanecer no erro, aí as consequências podem ser trágicas.

Portanto, vale sempre parar e refletir se o que você está passando para o seu filho é algo que lhe foi transmitido e se te fez bem. Se a resposta for positiva, vá em frente e se for negativa, mude o
caminho. Trabalhe suas próprias questões, pois você se tornará um ser humano melhor e, consequentemente, formará um outro ser humano melhor ainda.







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