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É possível ter filhos obedientes sem serem submissos?

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Foto: http://armariofeminino.com.br


Segundo o dicionário Houaiss obedecer é submeter-se à vontade de outrem. Porém, a maior parte dos pais quer ter filhos obedientes e ao mesmo tempo críticos e autênticos, isso é possível?

Sim, é possível! Quando falamos de filhos obedientes não falamos de animais adestrados que só fazem o que seus donos querem e ponto. Pelo contrário, estamos falando de crianças que, por estarem inseridas em uma sociedade, devem seguir algumas regras para sua segurança e bem estar, mas em momento algum estas regras devem ser simplesmente impostas. Elas devem ser apresentadas com a devida explicação de sua importância e o porquê de sua existência, possibilitando que a criança questione tudo o que quiser e oferecendo respostas para todas as questões que aparecerão, quando possível.

O que não deve ocorrer é confundir autenticidade com falta de limite. Todo ser humano em qualquer fase de sua vida precisa de limite. Não há quem viva sem regras e vários “nãos”. Óbvio que todo ser humano deve ser sempre questionador e nunca seguir uma regra apenas por seguir. Até porque é muito mais fácil e saudável seguir regras quando sabemos o porquê de sua existência e como realmente faz bem segui-la.

O fato de se seguir uma regra não quer dizer que não se é crítico ou autêntico. O fato de seu filho lhe obedecer não o torna submisso a você. Muito pelo contrário mostra que você foi capaz de ensiná-lo que agir de uma determinada maneira é melhor do que de outra.

O que os pais devem ficar sempre atentos é para não se acharem donos da verdade absoluta. Escutem os questionamentos de seus filhos e avaliem se o que você está sugerindo é realmente o melhor para todos. Muitas vezes,  vocês se surpreenderão com as ideias, os motivos e os argumentos que eles apresentarão e não é vergonha nenhuma assumir que eles têm uma melhor saída para o problema e assim, acatar suas sugestões.

É importante lembrar que pai e mãe são “autoridades”, a criança precisa desta “hierarquia familiar”, ela não é dona do mundo. Ela precisa de alguém que a oriente para poder saborear da melhor maneira o que a vida lhe oferecer. Reforço que a autoridade deve vir sempre carregada de afeto, respeito, amor, diálogo, exemplo e segurança e nunca com violência. Pois esta última não gera obediência nem autenticidade.

Ressalto aqui que educar é um trabalho árduo e diário com muito diálogo, afeto e paciência.

Então, caros pais, eduquem seus filhos dando-lhes limites, carinho, amor mas sem tirar a oportunidade de argumentação!



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