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Aprendendo a lidar com as diferenças

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A criança, desde o seu nascimento, é um ser observador capaz de sentir e captar tudo ao seu redor.
Por volta dos 18 meses, além de observar, ela começa a imitar e repetir tudo o que vê e vivencia. Isso é muito saudável e importante para o seu desenvolvimento psíquico e social. Por volta dos três anos, a criança já está com a fala bem desenvolvida e a capacidade de reproduzir o que viu, ouviu, sentiu e viveu é maior e por isso mais frequente. Com isso, começa a trazer da escola tudo aquilo que seus coleguinhas falam ou fazem. E muitas vezes começam a falar ou ter atitudes que não agradam os pais. E aí, como agir?

A primeira atitude a ser tomada é escutar e investigar. Procure saber quem está influenciando a vida de seu filho. O porquê dele gostar tanto desse coleguinha que só fala palavrão ou faz falta de educação. Depois de analisado, converse com a criança explicando os motivos pelos quais ele não deve falar certas palavras ou agir de certa maneira. Sempre deixando espaço para ele expor o que acha disso tudo. E nunca proibindo que ele goste dos amiguinhos que os pais consideram má influência.

Os argumentos que as crianças mais usam e que costumam desestabilizar os pais são: “ah, mas fulano fala assim e a mãe dele não acha ruim”, “ah, fulano faz isso e todo mundo acha legal” e “por que que ele pode e eu não?”. Pois bem, essas perguntas e afirmações são inevitáveis e uma hora ou outra, quem é pai irá ouvi-las. E não é preciso temer ou sair do prumo por causa delas. Basta deixar claro para a criança que cada família tem uma forma de viver, e que para a de vocês essa maneira não é legal. E para sustentar isso, é preciso que haja coerência entre o que os pais estão dizendo que é feio com a realidade da família, afinal, não adianta dizer para a criança que falar palavrão é feio se vira e mexe um dos pais solta um com seus amigos.

É importante ressaltar que muitas vezes, a criança também pode estar imitando algo que os pais consideram ruim, única e exclusivamente, para chamar a atenção. Então, se torna necessário avaliar e tomar atitudes para que a criança receba a atenção sem que seja necessário fazer algo que desagrade.
Também é válido avaliar se o que a criança está trazendo é ruim mesmo ou se é apenas diferente.
Se for apenas diferente não há motivos para chamar atenção. Muitas vezes elas vão trazer novidades que serão boas e que devem ser introduzidas no cotidiano da família. Por fim, o que a criança deve aprender com isso tudo, é que cada um é um, que cada criança tem sua família e o seu jeito de viver, mas que ninguém é melhor ou pior do que ninguém. A criança deve aprender a respeitar as diferenças. Não concorda com o que o coleguinha faz? Ok, mas não precisa brigar, xingar ou se tornar inimigo. Ensine a criança que, se ela não achou legal alguma atitude do colega, que chegue e converse, mas sempre sabendo que o coleguinha pode concordar ou não. Tenha paciência e coerência, pois ensinar aos filhos a lidarem com as diferenças com respeito é um dos maiores legados que os pais podem deixar.





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